Fé fail
Em 30 de novembro de 2009

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Acho realmente engraçado como as pessoas podem se relacionar com desconhecidos na internet. Crêem que o nome e as fotos no Orkut são verdadeiros. Acreditam que o cara no Twitter é realmente bacana. Marcam encontros confiando somente naquilo que a rede diz.

Num post passado comentei justamente a facilidade que existe de se criar "pessoas falsas" na internet. Mas isso não assusta nem um pouquinho - na verdade, ninguém se liga de verdade nisso. Afinal, acreditam realmente que todas as pessoas que encontram na internet também existem de carne e osso perto de um computador.

É irônico como as pessoas têm fé num perfil da internet mas não conseguem crer em Deus. Dizem que o cara da internet realmente existe, pois há fotos e textos dele. Mas não acreditam em Deus, por que nunca O viram. Não quero romantizar a ação de Deus nem ser meloso, mas a vida de cada ser humano já é uma prova palpável de que Deus realmente existe e se importa. Cada novo dia, cada gota de chuva e cada brisa mostram a todos os nossos sentidos que Ele realmente é presente.

Perfis da internet podem existir e ser vistos por qualquer um. Mas nem sempre as fotos que aparecem lá são reais. Nem sempre as conversas são com a pessoa que se imagina. E tudo tem uma grande chance de ser mentira.

Deus, porém, não usa de uma paginazinha merreca com fotos pra tentar te encontrar. Ele se apresenta diariamente de modo claro. Desculpe, mas é burrice crer mais num perfil do orkut do que em Deus.

A graça de Deus I
Em 28 de novembro de 2009

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Ontem escrevi sobre como muitas pessoas criativas acabam me fazendo pensar sobre Deus, sobre o cristianismo e sobre a igreja. Hoje resolvi colocar uma tirinha de um dos sites que acompanho - veja e tire suas conclusões. Amanhã vou postar a continuação dela. Divirta-se :)


Clique na imagem para ampliar

Deus está na internet
Em 27 de novembro de 2009

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Algum tempo atrás vi uma reportagem que criticava alguns aspectos da internet - e suas críticas eram realmente merecidas. Uma delas acusava o problema de que qualquer um pode colocar o que quiser na internet. Fotos, vídeos e textos podem ser jogados na rede de maneira anônima, com pseudônimos ou até atribuindo a autoria a outras pessoas. Uma prova disso é a facilidade com que você encontra fakes de pesoas famosas nas redes de relacionamento.

Essa facilidade de inventar ou fingir personagens na internet levou a criação de vários blogs, twitters e sites sobre o cristianismo e sobre o próprio Deus. Quem está por trás disso publica material diversificado, como se fosse o próprio Deus cuidando das suas coisas na internet.

Há muitos que usam disso para ironizar, criticar e ridicularizar Deus, mas alguns de maneira bem humorada e relativamente respeitosa fazem deste recurso algo que eu realmente considero útil. Não sei se são pessoas cristãs, nem sei se realmente acreditam em Deus. O fato é que suas publicações me fazem pensar em como eu vejo Deus em minha vida, como Ele (quem sabe) me vê nas minhas atitudes e qual é a realidade da igreja atual. Claro, algumas publicações fogem claramente do que a Bíblia fala - muito cuidado -, mas justamente por isso me fazem pensar ainda mais: o que será que os cristãos tem demonstrado para as outras pessoas?

A Bíblia ensina a julgar o que vemos e reter o que é bom - e lógicamente desprezar o que é ruim (1 Tessalonicences 5.21). Isso deve ser aplicado nesses casos. Paulo também diz que há pessoas falam de Cristo por motivos falsos, mas mesmo assim a mensagem é anunciada - que é o que importa (Filipenses 1.15 a 18).

De certa maneira, aqueles que agem como Deus na internet (e o fazem com respeito, apesar da irreverência e do bom humor) acabam sem querer edificando as pessoas. Alguns nem agem como Deus, mas agem como personagens relacionados a Ele - e isso está na mesma categoria. Vou deixar alguns links interessantes no final do post pra quem quiser conferir. Vale lembrar que nem tudo o que é publicado realmente merece consideração, mas boa parte vale a pena olhar e digerir de maneira que se torne edificante.

Aí estão os links pra quem quiser:
O Criador (no Twitter)
O Fariseu (também no Twitter)

Se você souber de mais alguns links interessantes desse tipo, coloque aí nos comentários. Sua colaboração é bem-vinda!

Barulho na foto (6)
Em 26 de novembro de 2009

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Jesus disse que ninguém pode fazer parte do Reino de Deus se não nascer de novo (João 3). Paulo complementa dizendo que quem entrega sua vida a Cristo é nova criatura (2 Coríntios 5).

Muitas vezes esquecemos que quem cria, gera e dá vida é Deus. Então, ficamos patinando sobre tentativas frustradas de sermos "cristãos" e "nascidos de novo". Lemos a Bíblia e oramos. Vamos à igreja e constantemente estamos em meio a outros cristãos. Evitamos pecar e nos esforçamos para nos tornar semelhantes a Cristo. Mas de repente todas essas coisas se tornam enfadonhas e cansativas - passam a parecer mais um fardo do que uma alegria. Você se enxerga como cristão por fazer tudo isso quando, na verdade, você deveria fazer tudo isso por ser cristão.

Só podemos realmente nascer de novo quando deixamos o Criador nos dar uma vida nova - quando  o deixamos arrancar todas as tripas imundas do nosso ego e da nossa velha natureza e fazer de nós pesoas completamente novas. Tentar seguir a Jesus sem se entregar por inteiro para ser completamente remodelado é a mesma coisa que tentar fazer parte do rebanho apenas usando uma fantasia: as pessoas irão ver você como um cristão, e até você se olhará no espelho e se compreenderá como tal. Mas lá no fundo, por dentro, no íntimo do seu ser, você ainda encontrará sua vida antiga.

Deixe Cristo matá-la. E deixe Deus lhe fazer alguém novo.

Podcast JV #16
Em 25 de novembro de 2009

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A importância da recreação. O por que é necessário recrear. Dicas de reacreações e as histórias mais engraçadas, ou não.



Download Alta
Download Baixa
Duração: 1:24:24
Data:24/11/2009

Post interativo (1)
Em 23 de novembro de 2009

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Galera, hoje começa um lance novo aqui no Idéia Barulhenta. São os posts interativos! :)

Funciona assim: vou postar um vídeo, imagem ou qualquer coisa do gênero, e vocês vão dar suas opiniões de como usar isso pra aprender algo prático na vida de fé ou algo sobre o reino de Deus. Vamos ver se funciona! Aí vai o primeiro:



Clique aqui para comentar e deixar sua opinião!

Sobre fé, confiança e entrega
Em 21 de novembro de 2009

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Cristo deu a vida dele por mim - então, nada mais justo do que eu viver para ele. Decidi fazer isso, e não decidi agora. Resultado de tempo investido em orar, ouvir, ler e pensar. Sei que sou falho e pecador, mas pelo Seu amor tenho perdão e graça. Deus diz que não preciso me preocupar com minhas necessidades básicas, ele me supre (Lc 12:22 a 34). Não quero ter compromissos com aquilo que não faz parte do Reino de Deus.

Viver e ser sustentado por Deus. Negligência? Não. Confiança.
Fé? Também. Mas essencialmente confiança.

Quando você deixa algo para um amigo seu cuidar, você precisa ter fé ou confiança nele? Óbvio, confiança. A fé é a certeza do que não vemos (Hebreus 11:1). Você conhece seu amigo, por isso não precisa de fé. Eu conheço Deus, e Ele já prometeu que iria cuidar de mim se eu lhe entregasse minha vida completamente. Confiança.

É impossível para uma pessoa, por seus próprios esforços, conseguir viver de uma forma melhor do que se vivesse com uma vida entregue totalmente e exclusivamente para Deus. Ele faz mais do que pedimos e até imaginamos (Efésios 3:20).

Eu resolvi não tentar do meu jeito. Sem atalhos: fui direto para aquele que é o Caminho. Você já pensou em dedicar sua vida exclusivamente para Deus? Faça isso enquanto é jovem. Se você esperar mais tempo é possível que então se torne tarde demais e você esteja demasiadamente envolvido com sua vida medíocre vivida do seu jeito, com seus esforços.

Nunca vi um justo ser desamparado por Deus. Veja bem: não disse que nunca vi um justo não passar por dificuldade. Afinal, existe um preço a se pagar. Mas Deus não deixa os seus sozinhos.

Além do mais, posso ter certeza total e absoluta que aquilo que faço não é em vão. Vou ver frutos da minha vida por toda a eternidade, e não só durante meus poucos 60 anos que vou sobreviver depois de ter decidido viver da minha maneira. Viva pra Deus. Eu vivo, e vivo.

Versão original escrita em 14 de março de 2006.

Minha maior surpresa ao vasculhar textos antigos não é o fato de perceber como eu escrevia mal ou como realmente mudei meus pensamentos com o passar do tempo. Também não é chegar a conclusão de que em algumas situações eu era completamente imaturo. Minha maior surpresa - e alegria - é perceber que toda confiança que eu depositei em Deus sempre foi correspondida. Nunca me decepcionei, mesmo nos momentos em que confiar parecia algo incerto e inseguro. E aí, sempre que olho para trás, posso dizer "caramba, vale a pena".

Onde estou e para onde vou
Em 20 de novembro de 2009

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Muitas pessoas têm me perguntado sobre o que eu farei depois de concluir a faculdade de teologia. Desconhecidos e descrentes querem saber se eu serei padre. Conhecidos e crentes querem saber se serei pastor. Pastores e colegas me questionam sobre pretensões ministeriais. Para mim, a resposta é simples - mas muitas vezes ela não é compreendida pelo simples fato de que as pessoas tem seus modelos pré-definidos de "pastor", "missionário" ou "estudante de teologia". O texto aqui será longo, mas convido você a ler todo ele - não para saber sobre mim, mas para que você mesmo tenha seus paradigmas (modelos pré-definidos) transformados.

Em primeiro lugar, "pastores" não são necessariamente pessoas formadas em teologia e "licenciadas" pela igreja. A verdade é que se alguém exerce algum tipo de liderança entre pessoas cristãs, inevitavelmente pastoreia este grupo de pessoas. Claro, quem pastoreia uma igreja inteira precisa ter qualificação para que não faça besteiras (por isso o estudo e o licenciamento). Mas aqueles que a igreja chama de "leigos", que cuidam de um grupo de estudos bíblicos ou do pessoal da juventude, mesmo sem ter formação - estes também pastoreiam, também lideram, também indicam o caminho. Sem ostentação, posso dizer que eu pastoreava antes de cursar teologia.

Em segundo lugar, "missionários" não são só as pessoas que vão falar de Jesus para os africanos. Na verdade, todo cristão deveria ser missionário - todo aquele que testemunha de Cristo cumpre sua missão, dada por Jesus na grande co-missão (bacana que você pode perceber que sendo um crente solitário nunca conseguirá obedecer a ordem) (aquela do "ide e fazei discípulos", de Mateus 28.19).

Pastores não são apenas pessoas que cuidam de igrejas, e missionários não são apenas pessoas que vão falar de Cristo e construir igrejas em algum lugar distante e complicado. Dentro do trabalho para o qual sou chamado, posso dizer que realmente serei - ou sou - um pastor e um missionário. Lidero um grupo de pessoas e testemunho sobre Cristo.

Mas existe ainda um outro ponto. Muitos acham que pelo fato de eu estar cursando teologia dentro de uma faculdade Luterana e também pela questão de eu fazer parte da Igreja Luterana, meu trabalho será cuidar de uma igreja depois de me formar - justamente o legítimo "pastor" do paradigma que a maioria tem. Leia com cuidado os próximos parágrafos para que não me compreenda errado. Abandonar a leitura no meio do caminho, a partir de agora, não é opção. Veja bem:

Ainda há a questão do chamado. O chamado é algo essencial para qualquer um que exerce um ministério, ao mesmo tempo que é algo difícil de compreender para quem vem de fora. Se Deus me chama e me mostra o lugar onde devo agir, não há como eu contrariar - há um fogo que queima meu coração e me impele cada vez mais para aquilo que Ele me quer, mesmo que eu esteja disposto a servir em outros lugares. Posso estar disposto a servir em qualquer posição ou ministério - como de fato estou -, mas há o lugar onde Deus quer que eu esteja. E é nesse ponto em que necessidade, capacidade, prazer e amor convergem.

Eu não sou chamado para pastorear uma comunidade. Ententa "pastorar", nesse caso, como o ministério de estar à frente de uma comunidade, fazer cultos todos os domingos pela manhã, visitar os membros, cuidar do grupo de senhoras, dirigir o grupo de jovens, fazer casamentos e enterros.

O chamado que tenho como pastor e missionário tem muito mais a ver com andar com um grupo de pessoas no meio do mato falando a respeito de como Deus se revela na criação. Tem muito mais a ver com uma fogueira e uma conversa sincera e realista sobre a vida dos que estão em volta dela, e a necessidade que cada um tem de Cristo.

Não nego a importância dos pastores em nossa comunidade, e não nego a nobreza do seu chamado. Creio de todo o coração que estes pastores - no sentido mais tradicional do "título" - são servos fiéis a Deus, dedicados, chamados, capacitados e aptos; que muitas vezes sentem o peso da expectativa da igreja e que muitas vezes têm de lidar com tensões e questões difíceis das igrejas.

Sei que vou fazer parte de uma igreja, e sem sobra de dúvida irei auxiliar no ministério pastoral - vou fazer cultos de vez em quando e vou ajudar o pastor com os trabalhos da comunidade uma vez ou outra. Mas tenho certeza de que trabalhar com acampamentos é meu chamado, e é o lugar onde a maior parte do meu tempo será gasta. Não com recreação ou divertimento para aqueles que participam do acampamento, mas com a pregação de Cristo num ambiente que torna os corações abertos e dispostos para um compromisso.

Algo que coloca ainda mais lenha na fogueira do meu coração é a estatística. Das pessoas que aceitam Cristo e continuam firmes no compromisso de segui-lo por toda a vida, 80% estão na faixa dos 10 aos 25 anos. Os outros 20% são menores de 10 anos ou maiores de 25. Agora, um pastor de comunidade tem que dar justamente um foco comunitário, que envolve gastar maior parte do tempo com pessoas adultas e famílias. Novamente digo que não nego a necessidade do trabalho pastoral. Mas estatisticamente, há uma pessoa trabalhando com exclusividade para as pessoas de 10 a 25 anos, enquanto há outros nove pastoreando o restante das idades. Se você tiver 1000 novos convertidos hoje, 800 terão entre 10 e 25 anos e os outros 200 estarão nas outras idades - porém, você terá apenas um pastor cuidando dos 800, enquanto outros nove pastores cuidam dos 200 restantes. Há um desequilíbrio, uma necessidade gritante, um vácuo ministerial.

O meu chamado é para trabalhar com os 800. Não me acho melhor do que nenhum pastor de igreja, e não acho que meu ministério seja mais importante - de forma nenhuma. Mas creio que tanto o meu chamado quanto a necessidade dele sejam motivos suficientes para que eu simplesmente permaneça nele e na vontade de Deus antes de me enquadrar dentro dos modelos tradionais eclesiásticos de pastor.

Acredito que eu até possa assumir um pastorado (no sentido comum da palavra), mas isso dificilmente acontecerá antes da minha disposição física, psicológica e espiritual para o ministério com acampamentos e jovens acabar. É uma questão de chamado. O dia que Deus me quiser fazendo outra coisa, eu saberei e obedecerei. Mas enquanto ele me quiser cuidando de pessoas no início de suas vidas e andando no meio do mato, é aqui que vou estar. Quando me perguntam o que vou fazer depois de me formar, posso dizer que serei um pastor e um missionário - mas a questão vai bem além dos modelos comuns e das paredes da igreja. Talvez não trabalhe sempre no mesmo acampamento - também é uma questão de chamado e de ardor no coração. Mas sei o lugar onde Deus me quer agora, sei que provavelmente vai durar um bom tempo, e nem de longe sou louco de desobedecer. Onde estou e para onde vou é, definitivamente, mais com Ele do que comigo.

Música barulhenta (9)
Em 19 de novembro de 2009

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Murder by Pride
Stryper



Saturday night's a lie, I follow every cue
A noite de sábado é uma mentira, eu só vou na idéia dos outros
Sunday is sanctified, I smile and take the pew
O domingo é santificado, eu sorrio pego um lugar no banco da igreja
Monday it's back to school - Am I learning, not at all
Segunda é voltar pra escola - eu aprendo, mas nunca o suficiente
Tuesday and Wednesday, Thursday, Friday I just crawl
Terça e quarta, quinta, sexta eu apenas me arrasto

Gotta fight, gotta stop living a lie
Tenho que lutar, tenho que parar de viver uma mentira
Gotta fall, gotta lay down and die
Tenho que cair, tenho que deitar e morrer
Gotta stand and run to the other side
Tenho que para e correr para o outro lado
Gotta live or it's Murder By Pride
Tenho que viver ou ser assassinado pelo orgulho

Seeds that were growing have been dried up by my flesh
Sementes que cresciam foram secadas pela minha carne
I walk the walk and talk the talk but where's the rest?
Eu ando e ando, falo e falo, mas onde está o resto?
I could have everything even what's behind the stars
Eu poderia ter tudo, até o que está atrás das estrelas
But I built my prison without windows, without bars
Mas eu me fiz uma prisão, sem janelas e sem grades

A Bíblia diz em Romanos 6 que devemos morrer para nós mesmos, para o pecado e para a nossa natureza humana, para que então possamos viver para Cristo e experimentar a Sua liberdade e plenitude. Muitas vezes o nosso orgulho - nossa resistência à necessidade de entregar-se - nos impede de viver tudo o que poderia ser vivido, nos impede de alcançar "aquilo que está atrás das estrelas". Se realmente pensarmos bem, só há duas opções: ou morremos para Cristo e experimentamos sua Vida e Liberdade, ou somos assassinados pelo nosso orgulho e pecado. Não há meio termo.

A idéia do vídeo (9)
Em 18 de novembro de 2009

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Cada momento de nossas vidas, por melhor que seja, é completamente vazio se estamos distantes do amor de Deus. Deus nos ama, nos criou para amá-lo e para refletir Seu amor sobre a vida de outras pessoas.

Vídeo encontrado no site Love S.A. Indico.

Breve comentário sobre o comportamento evangélico
Em 17 de novembro de 2009

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"Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem. As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem" (João 10.14, 27). Estava pensando em algumas situações que refletem a atual realidade do povo evangélico, e no meio dos pensamentos lembrei dessa passagem de João.

Há tantos "pastores" disputando a atenção das ovelhas que estas já não sabem mais exatamente o que seguir.
Compreenda "pastores" como "aquilo que guia espiritualmente o cristão", independente se isso for um modismo, um estilo de música ou mesmo um pastor de igreja.

Há tantas ondas bestas e babacas dentro da religião que o cristianismo torna-se vergonhosamente manchado por um capitalismo gospel. A questão não é mas seguir o Pastor, que levará as ovelhas para pastos verdejantes - claro, passando pelo vale da sobra da morte antes -, mas é correr até as pilhas de opções que tentam pastorear os crentes - não oferecendo para as ovelhinhas os pastos do Bom Pastor nem as águas tranqüilas, mas rações para deixar pêlos bonitos, balinhas com açúcar e massagem. Agora há opções: podem escolher o evangelho da prosperidade, ou o poder da unção do Leão, ou a adoração extravagante de Belo Horizonte, ou as idéias estrangeiras (já que o que vem de fora é melhor). Opções! Que maravilha!

Ovelhas burras. Há muito tempo deixaram de seguir o Pastor por ficarem dando atenção às opções de nossos dias. E não importa se prosperidade, unções diferentes e shows de louvor não estão na bíblia - seguem mesmo assim, cegamente, como se a Palavra não fosse algo em que realmente o cristão deva se embasar - ela apenas é "uma parte da verdade", não toda ela.

A única maneira de escapar disso - e assim espero que eu mesmo me comporte - é ouvir a voz conhecida e inconfundível do Pastor, que chama com amor. Ele não promete nenhum tipo de balinha, ração ou massagem, mas sim pastos verdejantes, águas tranqüilas e vales da sobra da morte. Promete presença constante, e uma eternidade à sua mesa. Qualquer coisa diferente disso irá causar indigestão eterna para qualquer ovelha.

Seguir o Pastor, e não as opções infelizes que pessoas querendo parecer mais "espirituais" criam. Seguir o Pastor, e não cair nas ondas de igrejas megalomaníacas onde os membros não se conhecem. Seguir o Pastor, e não a vergonha do povo evangélico.

Adendo: um tempo atras li um texto muito bom de Marcos Botelho. Algo na mesma linha, realmente indico. Clique aqui e confira.

RockCristão
Em 15 de novembro de 2009

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Pra alegrar seu domingo preguiçoso, indico um site muito bacana. Não é só sobre música, mas sobre fé e atitude também. Há colunistas maneiros, informações, notícias - e claro, muita música. Clica aí no banner pra acessar :)



Já pensou dar de cara com ele?
Em 13 de novembro de 2009

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É sempre chocante encontrar vida quando pensamos estar sós. "Venha ver!", gritamos, "está vivo". É exatamente nesse ponto que muitos recuam - eu teria feito o mesmo se pudesse - e deixam de buscar o cristianismo. Acreditar em um "Deus impessoal" - tudo bem. Em um Deus subjetivo, fonte de toda a beleza, verdade e bondade, que vive na mente das pessoas - melhor ainda. Em alguma energia gerada pela interação entre as pessoas, em algum poder avassalador que podemos deixar fluir - o ideal. Mas sentir o próprio Deus, vivo, puxando do outro lado da corda, aproximando-se em uma velocidade infinita, o caçador, rei, marido - é outra coisa. Há um momento em que as crianças que estão brincando de polícia e ladrão, de repente, ficam quietas e uma sussurra no ouvido da outra: "Você ouviu aqueles passos no corredor?". Chega uma hora em que as pessoas que ficam brincando com a religião ("a famosa busca do homem por Deus"), de repente, voltam atrás: "Já pensou se nós o encontrássemos mesmo? Não é essa a nossa intenção! E, o pior de tudo, já pensou se ele nos achasse?".

- de Milagres, de C. S. Lewis.

Podcast JV #15
Em 12 de novembro de 2009

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A busca pelo corpo perfeito. O anseio para não ser diferente e aceito pelo demais. O estereotipo que nos domina. A compulsão pela perfeição que vira doença e pode até matar!



Download Alta
Download Baixa
Duração: 1:26:33
Data:10/11/2009

A idéia do vídeo (8)
Em 11 de novembro de 2009

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Use bem os presentes e talentos que Deus dá para você. Usá-los de maneira inadequada (ou até não usá-los) pode fazer você perdê-los - pior, pode fazer você perder a própria eternidade. Lembra da parábola dos talentos (Mateus 25.14 a 30)? Quem é fiel no pouco, sobre o muito será posto.

Como contar até 100
Em 10 de novembro de 2009

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A menina estava sentada no colo da mãe olhando a paisagem de concreto de uma das ruas da periferia de Curitiba. Ao mesmo tempo, contava - nada de especial para ser contado, apenas contava os próprios números. Pelo jeito havia aprendido a "lógica" da contagem pouco tempo atrás. E ela se esforçava:
- 57... 58... 59... 50!
- 60, filinha - corrigia a mãe. - Depois do 5 vem o 6, e depois dos "cinqüentas" vem os "sessentas".
- Ah, tá... 61... 62... 63... - e a mãe contava alguns números junto com a menina, na tentativa de incentivá-la. E quando a mãe parava, a menina continuava:
- 68... 69... 50!
O erro era o mesmo, e a mãe lhe corrigia com amor.

Desembarquei do ônibus quando estavam em 117. Lembrei-me da minha época de criança quando tentava contar, e sempre que chegava em 39 acabava voltando para o 30. E só percebia quando estava de novo no 39, pensando "opa, eu já estive aqui antes". E realmente me lembro até hoje o dia que consegui chegar até os 100 sozinho - que maravilha! Acho que não era uma questão de "não saber contar" ou "não perceber que caia novamente no mesmo lugar". Acredito que o problema era simplesmente a inexperiência motora do cérebro em fazer a contagem. Eu sabia onde estava, sabia para onde queria ir - mas não conseguia chegar lá, até que a cognição neurológica foi feita e enfim tudo se resolveu. E na cena do ônibus percebi que eu não fui a única criança no mundo que um dia passou por essa dificuldade.

Creio que de algum modo devam existir "cognições espirituais". Não gosto do termo "espiritual" por que sempre faz parecer um lance meio zen, um tanto místico, que apenas se refere a alguns momentos do dia em que você se desliga de tudo para pensar na sua alma. Na verdade, quando falo de algo "espiritual" me refiro completamente àquilo que diz respeito ao relacionamento com Deus, em todas as circustâncias do seu dia - inclusive nos momentos em que você não está pensando em coisas espirituais. "Espiritualidade" não é uma parte, mas toda a sua vida que buca parecer-se cada vez mais com Cristo. Ainda é mais que isso, mas não vou me ater a alguma definição maior agora.

Enfim, as "cognições espirituais" nos ajudam a compreender, interpretar e praticar a vontade de Deus e Sua palavra. Há muitas coisas do Reino de Deus que eu não compreendo perfeitamente, e tateio em busca de algum meio de interpretar e responder dúvidas. Há partes da Bíblia que eu não vejo grandes ensinamentos ou aplicações práticas, há questões sobre Cristo que não consigo resolver.

Nesses momentos pareço uma criança, que tenta compreender sobre Deus mas em algum momento acha uma brecha cognitiva e não consegue chegar ao lugar desejado nos seus pensamentos. Burro eu seria se simplesmente tentasse continuamente chegar a conclusões, sem dar ouvidos à nenhum tipo de instrução - como alguém que tenta atravessar uma porta fechada, e fica correndo em direção a ela, esborrachando-se toda vez, enquanto há alguém com a chave ao lado da porta e que poderia abri-la se eu pedisse.

Exatamente nesse ponto que vejo a importância do discipulado. A menina era instruida pela mãe. Cristãos novos são instruidos por cristãos maduros. E mesmo cristãos maduros devem ser instruidos por cristãos mais velhos. "Discipulado" são pessoas mais instruidas auxiliando pessoas menos experientes a formarem suas cognições. E aqueles que se recusam a serem discipulados são os que trombam na porta trancada. Um dia talvez consigam cruzá-la, mas levará muito mais tempo.

O mais magnífico é que no Reino de Deus nunca há um final, onde todas as cognições tenham sido feitas e não haja mais necessidade do discipulado ou da instrução. E é por isso que quanto mais se sabe e compreende, maior é o anseio e a expectativa pelo dia em que o próprio Deus reunirá a todos - sábios e inexperientes - e lhes dirá tudo, para que enfim todas as coisas possam ser compreendidas e todas as cognições estejam consumadas. Haverá um dia em que Deus nos ajudará a contar até 100.

Sem perguntas
Em 6 de novembro de 2009

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Jesus estava passeando na praia quando viu dois pescadores organizando suas tralhas pra ir pescar. Olhou pra eles - caras ignorantes, mal vestidos e fedidos - e os convidou. "Sigam-me", disse Ele, "e eu vou levar vocês para uma pesca que vale a pena". Sem pensar duas vezes, os dois abandonaram o serviço no meio do caminho e foram atrás de Jesus.

Fico imaginando a situação. Os pescadores não perguntaram onde iam - só seguiram. Talvez pensassem que Jesus ia dar um cursinho de duas horas (com um intervalo para o cafezinho no meio) sobre como pescar mais. O fato é que eles ficaram literalmente "seguindo" Jesus por três anos sem interrupção, viram que era algo completamente diferente do que imaginavam e depois ainda ganharam uma missão que ocupou-lhes e custou-lhes a vida toda.

Dois caras fedidos. Certamente muito mais decentes na obediência do que eu - pois não tenho dúvida de que se um desconhecido chegasse pra mim e dissesse "venha junto comigo, quero lhe ensinar uma coisa" eu ia, primeiro, querer saber quem ele é. Depois, tentar descobrir o que exatamente ele desejaria ensinar. Aí iria questionar onde as coisas aconteceriam, o que eu teria que levar na mala, como ficaria a questão de comida, se poderia entrar na iternet. E no fim, iria dizer "cara, a proposta é tentadora - mas acho que agora, de imediato, não vou poder".

Mas no fundo talvez não seja uma questão de obediência, apenas. Afinal, você só obedece algo que não compreende quando não tem mais opção - essa é a natureza humana. Pense nos pescadores, de novo. Não havia nada de interessante neles e nem em suas vidas. E para eles, não havia nada pelo que valesse a pena viver. Quando o tal Jesus chegou, deu um sorriso e disse "venham", a vontade de experimentar algo novo os fez segui-lo imediatamente, e isso transformou sua vida.

Feios, fedidos e burros. Mais burro sou eu, que sempre acho que há alguma novidade na vida longe de Cristo e fico esperando que algo bom aconteça longe dele. Mais fedido sou eu, que insisto em continuar na poça de esterco dos meus pecados. Mais feia é a minha falta de vergonha de estar numa vida decadente.

Pelo menos Jesus não prestou atenção nisso quando chamou os discípulos - antes, viu o que eles poderiam se tornar junto com Ele. E pelo menos, Cristo não presta atenção na minha indecência - mas me chama, dia após dia, para aprender com ele; ser usado para algo bom; descobrir uma vida nova, de perdão e paz; e ser amado mesmo em minha constante teimosia de querer compreender antes de obedecer.

Música barulhenta (8)
Em 5 de novembro de 2009

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Cathedral made of people
Downhere



If they shut down the churches, where would you go?
Se fecharem as igrejas, pra onde você irá?
If they melted all the stained-glass windows
Se derreterem todos os vitrais
Replaced every sanctuary with a condo
E trocarem todos os santuários por condomínios
Where would you go? Where would you go?
Onde você irá? Onde você irá?

We are a cathedral made of people
Nós somos uma catedral feita de pessoas
In a kingdom that the eye can't see
Em um Reino que os olhos não podem enxergar
We're a house, we are the bride
Nós somos uma casa, somos a noiva
Where God's Spirit lives inside
Onde o Espírito de Deus habita
And nothing ever can stand against her
E nada pode prevalecer contra ela

If they burned every Bible, What would you know?
Se queimarem todas as Bíblias, o que você saberá?
If they tore your marked-up pages, how would you grow?
Se rasgarem todas as suas páginas marcadas, como você vai crescer?
And declared your devotion to be criminal
E se sua devoção for declarada como crime
What would you know? What would you know?
O que você saberá? O que você saberá?

When they throw you in prison, what will you do?
Quando eles te jogarem na prisão, o que você fará?
When they hate you for the things that You know are true
Quando te odiarem por causa das coisas que você sabe que são verdade
They can tear down this temple
Podem até derrubar o templo
But they can't touch you
Mas não podem tocar em você

Raramente falamos de perseguição aos cristãos nos dias de hoje. A questão é que chegará um tempo em que as coisas não serão tão fáceis (Leia Mateus 24 e Apocalipse). Se esse tempo chegasse hoje, o que você faria?

Barulho na foto (5)
Em 4 de novembro de 2009

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Isso me faz perceber que até pedras podem progredir mais do que alguns cristãos. Me lembra Lucas 19.40.

Clique na imagem ou aqui para ver a galeria completa da situação inusitada.

Como um enduro me ensina sobre oração
Em 3 de novembro de 2009

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Hoje pela manhã eu ainda estava pensando na história do enduro cômico e trágico que aconteceu no úlitmo final de semana. Pra você entender, leia a história no post Como um enduro me ensina sobre a bíblia.

Fazia tempo que eu não me cansava tanto quanto na corrida que fiz para encontrar os participantes perdidos. E olha que o trecho nem era assim tão longo para cansar tanto. Percebi, então, que eu realmente perdi muito da resistência que eu tinha há alguns anos atrás, quando estava no começo da minha adolescência e andava quilômetros intermináveis de bicicleta. Na verdade, percebi que preciso começar a me exercitar novamente para poder ganhar resistência pra enfrentar situações comoa do enduro.

Quando pensava na resistência, lembrei de uma das nossas músicas da Banda Pescadores, que dizia "resistir é a ordem, vigiar e orar - só fica de pé quem o joelho dobrar". Comecei a ligar as coisas.

Da mesma forma como meu corpo precisa de resistência para andar e correr longos trechos, minha vida de fé também precisa de resistência para ir tão longe quanto deve ir. E se prestarmos atenção, vamos ver quantas pessoas desistiram do cristianismo por não aguentar o tranco - a tentação do pecado aqui, a família pressionando ali, a televisão incentivando besteiras... coisas que sem resistência não podem ser suportadas.

A bíblia fala que temos que resitir ao inimigo, e ele fugirá. E ensina também que a resistência não consiste em lutar incansavelmente contra o adversário, mas em se aproximar de Deus (leia Tiago 4.7 e 8). E a música novamente ensina quando completa a resistência com "vigiar e orar" - esta é a maneira como nos aproximamos de Deus.

"Vigiar" significa estar de olhos atentos para perceber quando você deve correr. "Orar" é a corrida. Você pode até saber a hora certa de correr - você pode até ser um bom vigilante -, mas se você não tem o costume de orar, não terá a resistência para correr o suficiente.

Se você não ora, não terá resistência para aproximar-se de Deus quando a pressão chegar. É redundantemente obvio, mas vale a pena ser dito: sem resistência, não há como resistir.

Há uma frase de Leonard Rovenhill que cai bem nesse momento. Ele disse que "nenhum homem é maior do que sua vida de oração".

Não adianta ter um mapa para o enduro se você não sabe interpretá-lo. Não adianta saber ler e interpretar o mapa se você não desenvolve a resistência para percorrê-lo.

Deus criou Adão e Eva, não Adão e Ivo
Em

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Como um enduro me ensina sobre a Bíblia
Em 1 de novembro de 2009

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Hoje estive no Moriah, e ajudei a monitorar um enduro prum pessoal de Curitiba. Enduro é simples: o grupo ganha um mapa (que não é muito complicado de entender) e tem que seguí-lo sem erros. Porém, em certa altura da prova, suspeitamos que um dos grupos competidores tinha desaparecido. Só percebemos que eles realmente tinham sumido 40 minutos depois do horário que deveriam passar por um dos pontos de controle da prova.

Eu, então, fui à cata do grupo. Alguém disse que tinha visto o pessoal indo pra uma direção esquisita. Fui na pista deles. E finalmente, uns 2 km de distância do lugar onde deveriam estar, eu os encontrei. A situação no final foi engraçada. Eles estavam, inclusive, indo em direção à outra cidade - e se andassem mais uns 5 ou 6 km chegariam lá.

Depois de trazê-los de volta à trilha, mostrei-lhes onde erraram na leitura do mapa. Depois disso, conseguiram chegar até o final da prova.

Isso me faz entender que não adianta apenas ter um mapa e lê-lo. Se você o lê de forma errada, pode ir pra um lugar muito diferente do que deveria.

Não basta apenas você ler a sua Bíblia sem, de fato, entendê-la. E uma das funções do Espírito Santo é auxiliar a compreender a leitura da Palavra de Deus. Ler sem deixar com que o Espírito lhe conduza fará você errar miseravelmente o caminho.

Certa vez um teólogo disse que "leitura sem aplicação é aborto". Eu concordo com ele. Simplesmente ler a bíblia por ler, sem intenções de usar o que aprende, não vale de nada. Por isso mesmo, da próxima vez que ler sua Bíblia, deixe o Espírito Santo te guiar. De outro modo, você poderá realmente falhar na compreensão do "mapa" e da sua aplicação.