Estou casando...
Em 26 de fevereiro de 2010

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...por isso ando meio sumido. Tenho pilhas de posts no meu cérebro, mas nenhum tempo para colocá-los aqui. Sinto muito, mas vou deixar vocês por uma semana e a partir do dia 8 de março darei novos motivos barulhentos para suas cabeças. Até lá, estarei apreciando a companhia e a beleza da minha querida esposa :)

Um abraço!

Fugas miseráveis
Em 22 de fevereiro de 2010

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Os cachorros de estimação do meu sogro já renderam altos pensamentos pra mim. Um deles publiquei tempos atrás (num post chamado Trouxas). Hoje fui novamente ensinado por eles.

Logo depois do almoço percebemos que os dois cães aproveitaram uma brecha no portão pra dar uma escapulida. Fazia um certo tempo que não fugiam de casa, mas este é um hábito que está se tornando mais comum aos poucos. O pior é que procuramos por horas, e não os encontramos. No final da noite, um vizinho bateu na casa e entregou os cachorros - ele os havia achado a uma certa distância, os reconheceu e trouxe de volta.

De maneira curta e grossa, acho que muitos cristãos - inclusive eu - são como cães que não percebem o carinho, o abrigo e o sustento de seus donos; não percebem o zelo e o cuidado com que Deus os envolve. Por isso, por algum tipo de falta de raciocínio (ou burrice mesmo) tentam escapar freqüentemente. Tentam encontrar brechas nos limites impostos por Deus, testam para ver até onde podem ir.

Os cachorros do meu sogro tiveram sorte, mas nem sempre é assim - tanto com os animais quanto com os cristãos. Cães fujões podem nunca mais encontrar o caminho de casa. Podem até se afastar e ir longe sem perceber. Podem sofrer e morrer longe de quem os ama. E raramente haverá um vizinho bondoso que os leve de volta para casa.

Cupins e fermento
Em 15 de fevereiro de 2010

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Levei um bom tempo até compreender o que Jesus queria dizer quando falava sobre "o fermento" em alguns dos seus pequenos discursos. Ele dizia pra "tomar cuidado com o fermento dos farizeus", ao mesmo tempo que dizia que "o reino dos céus é como o fermento". Definitivamente, Jesus gostava de usar "fermento" - mesmo que a culinária da época não fosse tão fã dele.

Nos últimos 3 dias estive preparando o AP onde vou morar depois de casar, e enquanto desmontava um armário do meu quarto para levar à nova casa descobri algo que facilitaria a compreensão de qualquer um sobre "o fermento" do qual Jesus falava.
O problema - ou a solução - estava nos cupins. O armário estava todo tomado. Eu já havia reparado nisso alguns meses atrás, mas não dei muita atenção ao fato. E agora, já não havia mais muita salvação. E não só o armário estava imprestável, como também partes da minha cama e de outros móveis do quarto.

Você não vê os cupins agindo. Mas pode ter certeza de que se um de seus buracos aparece, não demorará muito até que apareçam outros e outros, cada vez mais, até que não reste nada da madeira. E passam de um móvel pro outro, e continuam a devastação.

O fermento de Jesus é a mesma coisa. Você nunca vê o fermento agindo numa massa, mas sabe que é ele que faz o bolo todo crescer. O fermento, assim como os cupins, pode parecer pouco, mas pode se espalhar e causar um (d)efeito muito maior do que se imagina.

Cupins são maus em qualquer móvel, mas o exemplo deles também serve para coisas boas. Se você deixa o cupim (ou o fermento) das porcarias da internet, da TV, dos maus amigos ou dos pensamentos podres tomar conta de um pedacinho de você, pode saber que daqui a pouco tudo vai estar podre e acabado. Agora, você pode deixar com que o fermento (ou os cupins) da Palavra de Deus, da Sua vontade e da Sua presença envolvam sua vida - mesmo um pequeno pedaço dela; então você verá uma diferença incrível que levará sua vida muito além do que imagina. Sim, alguns cupins podem levá-lo para a eternidade.

Surpreendido por um reflexo
Em 12 de fevereiro de 2010

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Algo que sempre li na Bíblia e que sempre defendi é que todas as pessoas que se encontraram pessoalmente com Cristo foram tão impactadas que nunca mais foram as mesmas. Mesmo que Cristo não esteja mais presente em carne e osso, ainda há a possibilidade de um encontro com ele através do Espírito Santo, da oração e da Palavra de Deus.

Mas até hoje a noite eu ainda não havia compreendido que podemos ter um encontro com Cristo através dos seus "reflexos" neste mundo - tais reflexos são justamente os cristãos, que O seguem, que devem copiar suas atitudes e viver como ele viveu. A questão é que poucos cristãos refletem Cristo realmente. E então imagens distorcidas e inúteis são passadas para outras pessoas.

Hoje conheci um cara que de fato reflete Cristo. Não que não tenha seus defeitos (e certamente deve tê-los), mas refletia Cristo no seu amor, na sua mansidão, na sua bondade, no falar do Reino de Deus. Ele passou algumas horas compartilhando comigo e com mais algumas pessoas sobre histórias que ele vivenciou e como percebe Cristo no seu dia a dia.

Ele não pregou sobre pecado e nem nos ensinou a ser mais santos. Não fez nenhum apelo, não falou de como podemos crescer e servir melhor. Nenhum clamor por "unção" ou "santidade", nenhum berro de desespero por milagres. Apenas compartilhou sua vida, com humildade incrível e sabedoria incomparável. Apenas compartilhou, com a simplicidade que o próprio Jesus demonstrava. E ao ouvir suas histórias, eu mesmo percebi que nunca havia me encontrado com Cristo de tal maneira como aconteceu ali - diante de alguém que realmente reflete o Salvador.

Não tive experiências sobrenaturais, não ouvi vozes. Só conheci um cristão que vive de fato o cristianismo. E um misto de alegria, arrependimento, saudades da eternidade, disposição para seguir a Jesus e percepção de quão miserável sou foram as sensações - em resumo, um desejo de ser de fato alguém que vê Cristo no seu dia a dia, convive com Ele e deixá-lo transparecer em mim. Eu já era convertido antes, e sempre vivi da melhor maneira que pude conforme a vontade de Deus. Mas hoje vi o que é ser Cristão de fato e refletir a Jesus,

E posso dizer que não é apenas na palavra ou pelo Espírito que as pessoas podem se encontrar com Cristo, mas através de pessoas que O refletem; que de alguma forma deixam Cristo aparecer tanto em suas vidas que não precisam falar uma palavra sobre religião - podem falar de plantação de abobrinhas que já demonstram o Criador.

Hoje eu vi Cristo sendo refletido, e após 20 anos de conversão descobri a essência do evangelho. Sinceramente, espero que você algum dia possa encontrar alguém assim - compreenda bem, não há mérito para nenhuma pessoa (tanto é que não cito nomes); méritos apenas ao que faz a obra. E sinceramente, espero algum dia poder refletir Jesus de fato, para que em mim as pessoas possam ver um reflexo nítido daquele que as criou, as amou e salvou - e assim se convertam, mesmo já sendo crentes.

Seja menos você mesmo
Em 10 de fevereiro de 2010

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Hoje estava ouvindo Carlos Queiros palestrar sobre missão na faculdade onde estudo. Pra não levar tempo tentando resumir o que ele falou, vou dizer apenas que foi uma overdose de ensinamentos sobre vida espiritual individual e comunitária. Saí de maravilhado e atordoado com tanta informação consistente, verdadeira, simples e profunda que ele passou.

Em certo momento ele se referiu a ocasião em que Moisés viu no deserto aquele arbusto que estava em chamas mas não queimava, e ouviu uma voz dizendo "tira as sandálias dos pés". Carlos Queiros então disse que moisés ter tirado as sandálias não era somente por que se encontrava perante a santidade de Deus, mas por que "uma sandália, perante Deus, já é muito".

Curiosamente, ontem eu havia lido um texto de C. S. Lewis que falava sobre como muitas vezes não nos "esvaziamos" perante Deus, e então ele não pode nos encher. É óbvio: um recipiente não pode ser enchido se já estiver cheio de outra coisa; da mesma maneira nós não podemos ser enchidos por Deus se estivermos cheios de nós mesmos.

João Batista falava: "convém que Cristo cresça em mim, e eu diminua". Qualquer bagagem inútil, qualquer tralha desnecessária ou qualquer tipo de ostentação que tenhamos quando chegamos na presença de Deus impede que Ele realize Sua obra em nós. E é muito fácil entregar apenas "alguns pedaços" da vida a Deus e manter outros bem guardados para nós mesmos.
Enquanto não nos esvaziarmos por completo, enquanto ainda insistirmos em ficar de sandálias, permaneceremos distantes do que Deus tem pra nós. E isso, aos poucos, se encontra com o que Paulo fala sobre matar o velho homem para que Cristo viva em nós. E o assunto ainda pode ir muito longe.

Alguns podem insistir no "eu sou mais eu", ou no "seja você mesmo". A Bíblia, de modo contrário, ensina: "seja menos você e mais Cristo". Perante Deus, estar de sandálias já é muito.

Barulho na foto (10)
Em 6 de fevereiro de 2010

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Um tronco de árvore grosso e disforme nunca sonharia poder transformar-se em obra de arte, e por isso  nunca se submeteria ao escopro e ao martelo do escultor, capaz de ver nele o que dele pode ser feito (Santo Inácio). Como isso se aplica a você?

A idéia do vídeo (15)
Em 4 de fevereiro de 2010

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Espinhos na carne
Em 2 de fevereiro de 2010

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Semana passada eu estava no Moriah e consegui espetar minha mão num espinho de limoeiro (pra quem não conhece ele tem uns 4 cm de comprimento e é afiado pacas). Lembrei de Paulo, que falou certa vez sobre um certo "espinho na carne" que possuia (2 Coríntios 12).

Decididamente, aprendi que em primeiro lugar, um espinho na carne é muito diferente de uma farpa na pele. Em segundo lugar, ele está justamente na carne, e rasgou um monte de tecido pra se enterrar lá: atinge em profundidade. Em terceiro lugar, dói muito mais pra saír do que pra entrar. E por último, quando é tirado, leva tempo pra cicatrizar (o processo de cura é dolorido pacas).

Não sei até onde meus pensamentos vão nesse sentido, mas queria deixar essas idéias aqui por enquanto. Ainda estou digerindo essas informações. O simples fato de pensar nesse lance aprendido com um espinho enfiado na mão e de como isso ensina sobre pecado e sobre o "espinho na carne" de Paulo já é serviço suficiente pra passar um bom tempo meditando.