Fugas miseráveis
Em 22 de fevereiro de 2010

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Os cachorros de estimação do meu sogro já renderam altos pensamentos pra mim. Um deles publiquei tempos atrás (num post chamado Trouxas). Hoje fui novamente ensinado por eles.

Logo depois do almoço percebemos que os dois cães aproveitaram uma brecha no portão pra dar uma escapulida. Fazia um certo tempo que não fugiam de casa, mas este é um hábito que está se tornando mais comum aos poucos. O pior é que procuramos por horas, e não os encontramos. No final da noite, um vizinho bateu na casa e entregou os cachorros - ele os havia achado a uma certa distância, os reconheceu e trouxe de volta.

De maneira curta e grossa, acho que muitos cristãos - inclusive eu - são como cães que não percebem o carinho, o abrigo e o sustento de seus donos; não percebem o zelo e o cuidado com que Deus os envolve. Por isso, por algum tipo de falta de raciocínio (ou burrice mesmo) tentam escapar freqüentemente. Tentam encontrar brechas nos limites impostos por Deus, testam para ver até onde podem ir.

Os cachorros do meu sogro tiveram sorte, mas nem sempre é assim - tanto com os animais quanto com os cristãos. Cães fujões podem nunca mais encontrar o caminho de casa. Podem até se afastar e ir longe sem perceber. Podem sofrer e morrer longe de quem os ama. E raramente haverá um vizinho bondoso que os leve de volta para casa.