Vida celebrada
Em 14 de setembro de 2009

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Frequentemente me flagro pensando na possibilidade de ter aproveitado melhor os anos que passaram, na mediocridade que vivo alguns momentos do presente e na esperança de que possa ser pelo menos um pouco mais sábio e razoável no futuro. Acho que não acontece só comigo.
  
"Nesse tipo de vida, o passado degenerou-se em uma série de oportunidades usadas e desperdiçadas, o presente em um paraíso de faz-de-conta onde esperamos finalmente receber o que sempre quisemos mas cuja existência basicamente duvidamos. E estamos sempre pensando que o melhor irá acontecer no futuro."
  
Não creio que este é o sentimento e o estilo de vida que Deus quer para seus filhos. Na verdade, a vida deveria ser celebrada em cada um de seus momentos - bons e maus. E creio que todo cristão pode ter uma nova visão de sua história se perceber que Deus redime seu passado, ama e atenta para seu presente e prepara seu futuro.
 
É muito fácil perder momentos preciosos da vida quando facilmente vagamos no passado ou divagamos sobre o futuro. 
Não que não possamos recordar ou planejar, mas não devemos permanecer apenas nisso.
O passado pode servir como espelho retrovisor, que mostra de onde viemos e nos auxilia a caminhar - deve certamente ser lembrado e estudado, para que dele se possa aprender tanto o bom quanto o ruim. Porém, manter os olhos apenas no retrovisor pode fazer você bater o carro.
Também não nego a necessidade da expectativa, do desejo e planejamento para o que virá. Mais do que qualquer um, o crente deve manter os olhos fixos na eternidade e não na vida na terra. A questão é que não há futuro sem presente. Por isso, o trio é necessário. Cristãos precisam viver a afirmação do presente, a lembrança do passado e a expectativa do futuro.

"Se o passado tivesse a última palavra, nos aprisionaria mais e mais à medida que nos tornássemos mais velhos. Se o presente fosse o momento final de satisfação, nos agarraríamos a ele com uma avidez hedonista, tentando tirar a útima gota de vida dele. Mas o presente tem promessas e se estende aos horizontes da vida, e isto torna possível para nós abraçar nosso futuro assim como nosso passado em um momento de celebração."
   
Creio que uma das maiores diferenças entre o cristãos e não cristãos é o fato de que os crentes podem celebrar a vida por completo - com um passado que se torna útil por ter sido redimido na Salvação, um futuro promissor por ser preparado por Deus e culminar na eternidade, sem deixar de apreciar o presente, vivendo-o segundo a vontade boa, agradável e perfeita do Criador.
 
Enquanto muitos tentam aproveitar sua história numa vida de celebrações, nós podemos, em Cristo, celebrar a vida.

(Eu havia planejado postar algo mais divertido hoje. Mas a leitura de um livro fez tanto barulho na minha cabeça que foi inevitável pensar no que está acima. O livro que gerou o pensamento se chama Ministério Criativo, do autor Henri Nowen. As citações acima são deste livro.)

2 comentários:

Caio disse...

Cara Henri Nouwen é visceral... Te recomendei um livro de titulo parecido(cristianismo criativo?Se não me engano é isso!! rs), vc encontrou este, e agora ele me serve como recomendação.. ó vida!

Caio disse...

Cara Henri Nouwen é visceral de fato. Engraçado como são as coisas.. Te recomendo um livro, vc encontra um parecido, e é assim que seu blog abre: com um bom acidente!
Ótima resenha cara!
Ps.: Preciso pegar umas manhas contigo de HTML!

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